Qual foi o maior desafio do seu serviço, com a criação da ULSAR?Foram vários os desafios enfrentados pelos Serviços Farmacêuticos com a criação da Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho (ULSAR), sendo que o maior foi criar condições para que o fornecimento de medicamentos, nos quais se incluem as vacinas do Plano Nacional de Vacinação, não falhasse em nenhuma unidade dos Cuidados de Saúde Primários.
É de salientar que a ULSAR foi criada em novembro de 2023, com início de funcionamento a 1 de janeiro de 2024, e nesses dois meses os Serviços Farmacêuticos tiveram que integrar mais 27 locais para distribuir medicamentos, os quais estão dispersos pelos concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete. Houve a necessidade de alinhar a codificação dos artigos, integrar os sistemas informáticos e planear as rotas de distribuição.
E a melhor oportunidade?
A melhor oportunidade foi conhecer uma nova realidade, com a qual tivemos que construir uma relação de parceria e confiança. Foi com base nessa relação que se conseguiram reestruturar os stocks existentes em cada unidade, assente numa lógica de distribuição mensal e na existência de um Serviço Farmacêutico de proximidade, realidade inexistente quando os Centros de Saúde eram fornecidos pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT). O trabalho em equipa é fundamental para que os objetivos da ULSAR sejam atingidos, pois “Juntos Cuidamos”.
Perspetivas de futuro?
Existe ainda um caminho a percorrer, que tem como objetivo principal prestar os melhores cuidados de saúde à população servida pela nossa ULS. É intenção dos Serviços Farmacêuticos disponibilizar, inicialmente nas Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e posteriormente nas Unidades de Saúde Familiares (USF), uma consulta de apoio ao utente polimedicado. Esta consulta tem como objetivo promover a adesão à terapêutica, ajudando-o a compreender a sua medicação, o que contribui para o aumento da literacia do doente na gestão da sua terapêutica. Esta intervenção ajuda ainda a reduzir as interações medicamentosas e a identificar possíveis reações adversas, promovendo a otimização da medicação. Pretende-se, desta forma, a melhoria da qualidade de vida dos utentes!