Qual foi o maior desafio do seu serviço/unidade, com a criação da ULSAR?A criação da ULSAR trouxe um acréscimo dos recursos associados ao Serviço de Gestão de Doentes, que passou a integrar também toda a área administrativa das UCSP (Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados) e UCC (Unidades de Cuidados na Comunidade), com uma dinâmica completamente díspar da dinâmica hospitalar. Este primeiro ano foi muito de conhecimento, de criar ligações, de perceber os circuitos administrativos inerentes à atividade de cuidados de saúde primários. Para todos, foi um período de ajuste e de alinhamento de sinergias, mas passado um ano penso que estamos no caminho certo!
E a melhor oportunidade?
A melhor oportunidade advém exatamente do que referi anteriormente, foi e é o estreitar de ligações, ultrapassar a barreira do "eles e nós" e criar canais de comunicação contínuos, pois o circuito do utente é apenas um. Cada área tem as suas competências próprias, mas, para o utente, o circuito da prestação de cuidados ajustada à sua necessidade deve ser fluído.
Perspetivas de futuro?
Continuar a potenciar o sentimento de unidade entre os profissionais do serviço, rever circuitos que estão ainda muito burocratizados e uniformizar processos. Na componente hospitalar, estamos fisicamente próximos e a comunicação torna-se mais fácil; nos cuidados de saúde primários, a extensão é muito grande e não me tem sido fácil estar tão presente como gostaria. Cada unidade tem as suas características próprias, e que estarão ajustadas à realidade onde estão inseridas, mas acredito que todos podemos beneficiar com a partilha. Por vezes, uma dificuldade que sentimos pode já ter sido ultrapassada na unidade ao lado e, com o contributo de todos, conseguiremos ir ajustando o caminho.